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Em março de 2025, o mercado acionário brasileiro teve desempenho robusto, com o Ibovespa avançando 6,08% e encerrando o mês aos 130.259 pontos. Esse movimento altista refletiu uma conjunção de fatores favoráveis: (i) a continuidade da temporada de resultados corporativos do 4T24; (ii) o impulso das commodities metálicas e agrícolas, favorecidas por novos estímulos fiscais na China e por restrições de oferta global; e (iii) a apreciação dos ativos de risco locais com a valorização do real frente ao dólar e fluxo positivo de capital estrangeiro para a B3.

No âmbito da política monetária, o Banco Central elevou a taxa Selic de 13,25% para 14,25%, num movimento amplamente antecipado pelo mercado, reforçando o compromisso com a ancoragem das expectativas inflacionárias. A inflação projetada para 2025 subiu para 5,66%, mantendo-se acima da meta, o que justifica o viés ainda contracionista da autoridade monetária. A estrutura a termo da curva de juros precificou a manutenção da Selic em patamares elevados pelo menos até o início de 2026.

No front externo, o dólar registrou desvalorização de 3,57% frente ao real, encerrando março cotado a R$ 5,7053. Esse movimento foi sustentado pelo diferencial de juros favorável ao Brasil e pelo maior apetite de investidores estrangeiros por mercados emergentes.

Já nos Estados Unidos, o S&P 500 encerrou o mês com forte retração de 5.8%, refletindo preocupações crescentes com os potenciais efeitos das políticas protecionistas anunciadas pelo governo Trump. O aumento das tarifas médias de importação para cerca de 18% gerou revisões baixistas para o crescimento do PIB (projetado agora em 1,5% para 2025) e reacendeu temores inflacionários, com projeções apontando para inflação acima de 3,5%. O mercado passou a incorporar maior probabilidade de recessão, o que pressionou ações de tecnologia e consumo discricionário.

Ainda parece muito cedo para definir cenários para o Brasil nesse novo ambiente global. No entanto, é certo que o país não é um alvo óbvio para os EUA, dado que é um dos poucos que não possuem superavit comercial com os americanos. Além disso, é razoável supor que os parceiros comerciais americanos busquem diversificar seu comércio. Novos mercados podem se abrir para os produtos agrícolas e industriais brasileiros se soubermos aproveitar a oportunidade.
 

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