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Em maio, o mercado de ações brasileiro manteve sua trajetória positiva, embora com desempenho mais moderado em comparação aos meses anteriores. O Ibovespa registrou uma alta de 1,5% no mês, encerrando aos 137.026 pontos, após atingir um recorde histórico de fechamento de 139.334 pontos no dia 15. No ano, o índice acumula valorização de 13,9%. Vale notar o desempenho do índice de Small Caps (SMLL), que representa empresas de menor capitalização listadas na B3 e tem menor peso de produtores de commodities, que apresentou forte desempenho no período, alta de 5.9%. Esse movimento reflete o apetite por ativos mais sensíveis ao ciclo doméstico, beneficiados pela expectativa de cortes da Selic embutida na curva de juros.

Observando o quadro mais amplo, houve significativa melhora dos mercados mundo afora em cima de uma gradual distensão após o estresse com os anúncios do “Liberation Day”. Desta forma, vai se consolidando a opinião de que as negociações acabarão levando para um equilíbrio menos danoso para a atividade de comércio e para a atividade econômica globais.

Ainda assim, o processo de “desamericanização” dos investimentos globais e de maior diversificação de carteiras parece que vai continuar a beneficiar os demais mercados. Dentre eles, o brasileiro. É curioso que a preocupação com as mazelas domésticas, que antes impactava preços, agora ficou em segundo plano. No fim do mês de maio, em face ao delicado quadro fiscal, o Governo aumentou o IOF de forma surpreendente e, ainda assim, os investidores estrangeiros continuaram com o fluxo de entrada de recursos (R$ 10 bilhões no mês). Conforme vimos comentando, dada a queda de popularidade e com a aproximação da eleição, não há qualquer intenção de cortar gastos. O ajuste por meio das receitas convém politicamente ao Governo na medida em que se sustenta na frágil narrativa de “taxar o andar de cima”.

É muito provável que a tentativa de aumento de arrecadação não seja validada pelo Congresso. A despeito disso, a busca por recuperação de popularidade garante que mais gastos serão anunciados (isenção de eletricidade, vale gás, linhas de crédito subsidiadas, etc). O fiscal vai piorando, mas o quadro internacional mantém o dólar bem-comportado.  Conforme mencionado em nossas cartas anteriores, o valuation das ações segue com assimetria positiva de preços. A agenda econômica brasileira segue na sua trajetória equivocada, mas o cenário externo positivo, em conjunto com a perspectiva do início de cortes dos juros e a aproximação da eleição, tendem a impulsionar o desempenho do mercado doméstico.

 

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