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Em abril, o comportamento do mercado de ações doméstico foi negativamente impactado pela volta da preocupação em relação ao estado das contas públicas do Governo. O quadro foi ainda agravado pela leitura externa de que os juros nos Estados Unidos devem ficar altos por mais tempo. Nesse contexto, o Ibovespa caiu 1,7% e o índice de empresas de menor capitalização (SMALL) recuou significativos 7,8%. O Brasil destoou entre os mercados emergentes, que subiram 0,53%. O índice S&P 500 caiu 4,16%. O dólar subiu 3,6% frente ao Real.

A combinação dos eventos descritos acima levou a um deslocamento para cima da curva de juros em torno de 80 pontos ao longo do mês. Nesse sentido, o mercado passou a precificar apenas mais um corte de 25 pontos base na Selic. Não estaria mais no cenário base, as taxas de juros de apenas um dígito. O pano de fundo para a deterioração foi o afrouxamento precoce das metas fiscais para os anos à frente que haviam sido recém estabelecidas. A mensagem implícita de falta de comprometimento do Governo com a estabilidade da dívida pública levou investidores a requerer taxas de juros mais altas. Os títulos federais ligados a inflação voltaram a remunerar por taxas superiores à inflação mais 6% ao ano em seus diversos vencimentos. Na falta de melhor ancora fiscal, o Banco Central adotou tom mais conservador em relação ao cenário prospectivo.

Uma das principais narrativas macro que embasava o otimismo com o desempenho do mercado de ações era justamente a perspectiva de queda dos juros reais e seus efeitos benéficos na atividade econômica e no crescimento das empresas listadas. De fato, o consenso das estimativas para o crescimento do PIB em 2024 vem sendo constantemente revisado para cima e se encontra acima de 2%. O curto prazo positivo acabou ofuscado pelas maiores incertezas de médio prazo. O desempenho do mercado só não foi pior em função da forte alta da Petrobras no mês, na esteira da reversão da decisão do não pagamento de dividendos extraordinários (Petrobras ON e PN subiram 18,6% e 15,5% respectivamente).

A narrativa otimista perdeu força com os eventos do mês, mas, por outro lado, abriu boa oportunidade para comprar ativos de qualidade por preços muito atraentes. A questão do pagamento dos dividendos da Petrobras mostra que decisões ruins podem ser revistas dependendo dos impactos que causam. A forte queda das ações no mês de março deve ter ajudado a revisar a decisão. Veremos como será a reação ao novo patamar da curva de juros.



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