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Em abril, o mercado de ações brasileiro manteve sua trajetória positiva, com o Ibovespa registrando alta de 3,69% e encerrando o mês aos 135.067 pontos. No ano, sobe 12,3%. De certa forma, o desempenho surpreende dada a grande volatilidade que seguiu a proclamação do "Liberation Day" pelo Presidente Trump. Na ocasião, ele anunciou a imposição de tarifas abrangentes sobre importações de quase todos os países como parte de uma estratégia de reciprocidade de tarifas destinada a corrigir “práticas comerciais injustas”. Ainda mais surpreendente é notar que a despeito do notório descontrole fiscal brasileiro, o desempenho das empresas ligadas a economia doméstica foi fortemente positivo. O índice de small caps (SMLL), que representa empresas de menor capitalização listadas na B3 e tem menor peso de produtores de commodities teve desempenho expressivo no mês, com valorização de 8,3% e de 17,9% no ano. Em boa parte, refletindo o apetite por ativos mais sensíveis ao ciclo doméstico, beneficiados pelo recuo da curva de juros. 

Nossa leitura para o descolamento positivo do mercado brasileiro se deve muito mais a questões internacionais do que domésticas. 1) a fuga de investimentos em ativos norte-americanos dadas as novas incertezas beneficiou outros mercados muito menos líquidos ao redor do globo. A valorização vista em mercados emergentes, ouro, criptomoedas, yen, etc, reflete essa rotação de investimentos. 2) a perspectiva de desaceleração global aumentou a expectativa de cortes de juros pelo FED. Esse cenário abriu a possibilidade de uma postura mais dovish por parte do banco central brasileiro também. A esse tema, se soma a derrocada dos preços das commodities que trás consigo menores pressões inflacionárias. O petróleo perdeu sustentação e reforça a leitura de que há melhores condições para um cenário de juros mais suave. 

O fato é que, dada a proximidade da eleição e a despeito da grave situação fiscal, domesticamente temos visto anúncios de novos gastos populistas. Por si só, isso deveria motivar maior deterioração dos preços. Contudo, o quadro externo e a baixíssima exposição de investidores a nossa bolsa têm ajudado o desempenho recente. Conforme vimos falando em nossas cartas, o valuation das ações segue com uma enorme assimetria positiva de preços. É difícil visualizar catalistas de antemão, mas quando eles surgem têm impacto positivo forte. A agenda econômica brasileira segue na sua trajetória equivocada, mas o encontro marcado com a razão vai se aproximando a cada dia.

 

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