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O mês de julho apresentou intensificação dos desafios do cenário político e econômico doméstico. A conjuntura foi marcada por eventos que acentuaram incertezas, aprofundando a volatilidade e impulsionando a aversão ao risco entre os investidores. O fluxo de investimentos estrangeiros na Bovespa, que vinha de uma boa sequência positiva, se inverteu no mês, e foi negativo em R$ 6.4 bi.

O destaque negativo do mês foi o foco das tarifas americanas, desta vez, destinado ao Brasil, com a decisão dos Estados Unidos de impor tarifas adicionais a diversos produtos brasileiros, especialmente no setor agrícola e siderúrgico. Somado a isso, o governo brasileiro se pautou por pesquisas eleitorais de curto prazo e para adotar em resposta uma retórica nacionalista beligerante. Nesse sentido, aumentaram as preocupações sobre o futuro das relações comerciais entre os dois países.

Como consequência direta desse cenário de incertezas e risco ampliado, julho testemunhou uma intensificação da saída de investidores estrangeiros da bolsa brasileira. Os fluxos negativos ganharam força, resultando em um desempenho pressionado do Ibovespa, que encerrou julho com queda de 4,2%, enquanto o índice de small caps sofreu ainda mais, recuando 6,1%. Em contrapartida, o mercado americano demonstrou resiliência, com o S&P 500 avançando 2,2% no período. O dólar, refletindo essa aversão crescente, voltou a subir, mas ainda bem abaixo da barreira dos R$ 6,00.

Diante deste panorama, investidores locais também adotaram postura defensiva, promovendo realocações em suas carteiras fugindo de setores mais cíclicos como varejo e serviços financeiros para setores dolarizados como petróleo, celulose e mineração. Diferentemente do impacto dos preços das ações, nos chamou atenção que o ajuste nos mercados de juros e câmbio foram bem mais modestos considerando o ineditismo e relevância dos eventos. A curva de juros futura ficou próxima da estabilidade enquanto o dólar subiu apenas 3%.

Embora o cenário atual seja desafiador, é importante ressaltar que o mercado acionário brasileiro voltou a níveis extremamente descontados, tanto em níveis absolutos como relativos, negociando pouco abaixo de 8 vezes o lucro projetado, patamar historicamente baixo que reflete amplamente o pessimismo vigente. Em contextos assimétricos como o atual, acreditamos que quaisquer sinais positivos, mesmo que modestos, podem desencadear recuperações substanciais e rápidas nos preços dos ativos locais.

 

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