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Incerteza eleitoral desafia fundamentos favoráveis para os títulos
O cenário macroeconômico está se tornando cada vez mais favorável para os mercados de títulos do G10 após um início de ano difícil. Os números quentes da inflação nos EUA no primeiro trimestre levantaram dúvidas sobre a capacidade do Federal Reserve (Fed) de reduzir as taxas em 2024. Contudo, dados mais recentes mostram uma retomada da tendência desinflacionária. Enquanto isso, o crescimento nos EUA desacelerou no primeiro semestre de 2024. Pode haver mais fraqueza conforme a economia se ajusta às altas taxas de juros e ao apoio fiscal reduzido.
No geral, esperamos um crescimento mais lento do produto interno bruto (PIB) nominal nas economias do G10. Por sua vez, esse abrandamento permitirá aos bancos centrais reduzir as taxas de juros a partir de níveis restritivos, apoiando os retornos do mercado de títulos. A moderação do crescimento americano, juntamente com a política menos restritiva do Fed, deve ser negativa para o dólar americano.
Contudo, a perspectiva do mercado fica confusa pela alta incerteza política antes das eleições nos EUA. Nos próximos meses, as flutuações do mercado serão cada vez mais impulsionadas por mudanças nas pesquisas de opinião. Na nossa opinião, a incerteza mais consequente está em torno das futuras políticas comerciais dos EUA.
Quando se trata de estratégia de portfólio, não está claro se os riscos associados à incerteza eleitoral são compensados adequadamente. Portanto, reduzir o risco do portfólio pode ser prudente. Além disso, acreditamos que faz sentido se concentrar em posições que podem ganhar com as perspectivas econômicas de médio prazo e são menos propensas a sofrerem impactos pelo resultado das eleições americanas.
A Atualização Macroeconômica deste trimestre também abrange:
- Crescimento e inflação continuam moderados
- Incerteza da política comercial
- Implicações da estratégia
Definições:
O Grupo dos Dez (G-10 ou G10) refere-se ao grupo de países que concordaram em participar dos Acordos Gerais de Empréstimo (GAB), um acordo para fornecer ao Fundo Monetário Internacional (FMI) fundos adicionais para aumentar sua capacidade de empréstimo.
QUAIS SÃO OS RISCOS?
O desempenho passado não é indicador nem garantia de resultados futuros. Observe que um investidor não pode investir diretamente em um índice. Os retornos de índice não gerenciado não refletem quaisquer taxas, despesas ou comissões de vendas.
Títulos de renda fixa envolvem riscos de taxas de juros, crédito, inflação e investimento, além de possível perda de principal. Com o aumento das taxas de juros, o valor dos títulos de renda fixa cai. Investimentos internacionais estão sujeitos a riscos especiais que incluem flutuações de câmbio, incertezas sociais, econômicas e políticas, que podem aumentar a volatilidade. Esses riscos são ainda maiores em mercados emergentes. Commodities e moedas apresentam riscos elevados que incluem condições de mercado, políticas, regulatórias e naturais e podem não ser adequados para todos os investidores.
Os títulos do Tesouro americano são obrigações de dívida direta emitidas e garantidas pela “fé e crédito integral” do governo dos EUA. O governo dos Estados Unidos garante o pagamento do valor principal e dos juros dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos quando os títulos são mantidos até o vencimento. Ao contrário dos títulos do Tesouro dos EUA, os títulos de dívida emitidos por agências e instrumentos federais e investimentos relacionados podem ou não ser garantidos pela fé e crédito do governo dos Estados Unidos. Mesmo quando o governo dos Estados Unidos garante o pagamento do principal e dos juros dos títulos, essa garantia não se aplica a perdas resultantes de reduções no valor de mercado dos títulos.

